quarta-feira, 7 de julho de 2010

Este é o meu pai. Nos poucos dias que compartilhei com ele, pude ver muita coisa que temos em comum. Ás vezes vejo muito dele em mim.

Ás vezes vejo-me como uma desajeitada construtora de castelos feito de sonhos. Estou a todo momento erguendo castelos, por vezes vários ao mesmo tempo, em outras vezes, meras aglomerações de entulhos de promessas com nenhuma pretensão arquitetônica. Na pressa da minha construção, deixo de perceber que de nada servem lindos palacetes se eles só têm lugar pra mim. Contruo torres altíssimas e esqueço de pôr janelas. Ergo quartos sem porta, túneis sem saída. Mas pra quê?

Pra construir. A realização está no empilhar de tijolos, e não na placa de "vende-se" do castelo pronto. Está nas escolhas, está nos erros e nos acertos. Eu sou apenas um dos muitos castelos construídos por esse cara da foto. Eu sou apenas um empilhamento de desajeitados tijolos que, por milagre, não viram ruínas, mesmo diante de todas essas tempestades.

E, mesmo quando o vento consegue derrubar um dos meus pilares, me alegra ver que tenho gente pronta pra me reformar. São remendos, rebocos, estacas e escoras. É cimento, é argamassa, é durepóxi, pode ser até goma de mascar. Guardo comigo esses remendos, bem como a fisionomia de todos que se prontificaram a me arrumar. E sempre que faz sol eu saio pela rua pra erguer paredes que caem a todo minuto. Retribuir.

E, nesses últimos dias do mes de junho, estive com meu velho, pai. Não tenho medo de dizer que sou igualzinha a ti, inclusive nos detalhes, nas paredes que caem, nos alicerces bambos e na tinta que já não tem mais o brilho de outrora. Fico feliz em ver o quão forte tu és, pra comportar tantos hóspedes no teu coração.

Tenho aberto cada vez mais portas e janelas. Tenho saído mais do meu castelo. Tenho feito de tudo para que a nossa distância seja cada vez menor.

E foi com todas minhas paredes que foram ao chão que eu construí essa ponte.

Matthew Bellamy é REI. Muse é LEI. São Paulo e dorme cedo demais, pra mim.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Hoje eu vou escrever sobre mim, um lado meu que poucos conhecem.

Primeiramente, o meu modo principal de viver é focado internamente em valores pessoais. Eu, mais do que qualquer outra pessoa intuitiva, sou movido por sentimentos e razões ao mesmo tempo! Sou focada em fazer do mundo um lugar melhor para as outras pessoas e minha primeira meta é encontrar um significado para a vida. “Pra quê eu existo? Qual é o meu propósito? De que maneira eu posso melhor servir a humanidade?” Já perguntaram-se algo do tipo?! Sou idealista, semi-perfeccionista e intuitivo sobre as pessoas. Uso minhas descobertas para buscar constantemente o valor da existência. Sempre digo que estou numa missão contínua para encontrar a verdade e o significado das coisas. Mas sei que cada interação e cada pedaço de sabedoria adquirida é filtrada pelo meu sistema de valores e avaliada para ver se existe algum potencial para me ajudar a definir o meu próprio caminho. Sempre acabo me esquecendo de que nem todas as pessoas possuem o mesmo ideal que eu! Em geral, sou uma pessoa gentil e de muita consideração, sou um bom ouvinte e deixo as pessoas à vontade em questão de segundos. Me importo demais com os outros, principalmente os mais íntimos. Sou genuinamente interessada em entender pessoas sábias e suas ideologias. Talvez toda essa sinceridade é percebida pelos outros facilmente.Talvez eu não passe de mais um internauta apático para os olhos alheios. Sou calorosa com as pessoas que conheço bem, odeio conflitos e sempre quero evitá-los, mas quando preciso encará-los sempre utilizo a perspectiva dos meus sentimentos. Não há nada que me satisfaça mais do que uma boa bagunça! Em situações de conflitos, dou pouca importância para quem está certo ou errado. Simplesmente não gosto de me sentir mal. Sou despreocupada até o momento em que os meus sistemas de valores sejam ameaçados. Não me importo com detalhes porque cubro facilmente cada detalhe necessário com vigor e determinação. Quase nunca estou ciente aos detalhes mundanos da vida e obrigações cotidianas. Posso passar meses sem perceber as manchas no carpete, mas cuidadosamente e meticulosamente removo aquele filetinho de poeira que caiu em cima da mesa na minha frente. Procuro me relacionar com pessoas com perspectivas diferentes, assim o relacionamento não cai na rotina. Não gosto de ter que lidar com a lógica! É raro quem me entenda. É raro quem consiga ficar comigo três ou mais dias seguintes! Já tive várias consultas psiquiátricas e nada parece mudar. Meu enfoque pessoal nos sentimentos e na condição humana torna difícil que eu me importe com decisões impessoais. Quando estou estressada é comum que eu utilize a lógica de uma maneira errada. Por exemplo: Num momento de raiva quando cito fato após fato (e geralmente não completamente corretos) sempre sofro uma explosão emocional e no fim sempre vem a pena. Consequentemente sou muito dura conmigo mesma, estou sempre procurando defeitos e impondo minhas próprias barreiras e não dou muito valor às minhas conquistas! Sou grossa com as pessoas e tenho sérios problemas na hora de trabalhar com um projeto em grupo, pois os meus critérios e padrões são bem mais altos e diretos. Creio que nasci com vocação para ser escritora, passo o maior tempo do dia escrevendo e jogando minhas idéias para o papel. Me sinto desconfortável ao me expressar verbalmente, já tive várias e várias fases e percebo hoje que todas foram especiais e que cada uma me ensinou muito, de tal forma que não há porque escondê-las. "Fase tem fim, personalidade não". Uma vez uma professora me disse que algumas das pessoas que mais causaram desenvolvimentos dos seres humanos no mundo foram pessoas como eu. Enfim, cada dia que passa me sinto mais completa! Obrigada pelo carinho.
Ultimamente estou um pouco nostálgica demais. Rever meus amigos e colocar os assuntos em dia sempre me deixa com uma ressaca espiritual afrontosa. Hoje me descobri tão apaixonada por mim e certamente a causa disso é a consciência limpa e o sentimento puro. Hoje senti falta de amigos que nunca mais vi, de outros que simplesmente se afastaram e de pessoas com quem nunca mais falei. Me veio na memória rostos e vozes da infância mágica que vivi! Tudo que marcou na minha vida. Olhei algumas fotos e textos, lembrei do meu passado e apenas senti saudade, sem culpa nenhuma! Senti falta do meu primeiro amor, do meu primeiro beijo e de todos os meus "Vastos amores, ligeiros da vida". Estou sentindo saudade do que ainda não vi e do que ainda não conheci. De uma forma ou outra estou procurando quem me abandonou sem dar satisfação e quem disse que voltaria e nunca mais voltou. Vejo jovens farreando pela madrugada, isso me lembra tanta coisa que com certeza daria um livro. Como tudo passou rápido. Estou pensando neste momento naqueles que não tiveram como me dizer adeus ou pedir perdão. Estou com saudade de tudo o que eu conquistei e experimentei.

Inocentemente fecho os meus olhos e vejo rostos de pessoas que passaram como um vulto na calçada me olhando da cabeça aos pés e sinto saudade de quem simplesmente amei. Sinto saudade dos que se foram quando eu mais precisava de um ombro amigo ou de um colo fraterno (no qual eu daria tudo para me despedir outra vez.) Pode parecer tolice, mas sinto falta do meu coelho que um dia pude chamar de "amor" e que me amou de maneira inesgotável, como nem os cães são capazes de amar. Dos livros que li e conhecimentos que adquiri, fazendo-me navegar entre as páginas e páginas de pura e real ilusão. Dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar, chorar e de certa forma me encontrar.

Imensidão mundana!

Estou imaginando agora quantas pessoas neste momento estão lendo meus textos e vendo minhas fotos. Algumas fazendo críticas inatingíveis e outras se identificando de uma forma ou de outra com esse ser doentio que sou. Imagino também quantos adolescentes estão pensando no amor neste momento! Sinto o mundo girar e penso, apenas penso. Algo mais forte que a minha saudade, lá no fundo!
O tempo é impiedoso com tudo o que é vivo. Comigo e contigo! Pois o tempo ao mesmo tempo é cômico. Inúmeras vezes, com o passar do tempo, conheci pessoas que mostraram-me diferentes ideações, mas infelizmente, nunca conseguiram acompanhar o meu modo de pensar. Sinto que vivo em um tempo que não é meu. Não pertenço a essa década, a essa sociedade e muito menos a essa história. Não sou o protagonista dessa geração! Pertenço a uma futura sociedade de eternos adolescentes irreverentes e ousados. Mesmo porque a minha geração talvez não existirá. Essa é a percepção que tenho, nesta fase de minha vida não anseio mais por uma vida de sensações ou emoções, mas por uma vida de pensamentos e reflexões. Acredito na imortalidade da alma e no poder da expressão. Acredito no primeiro representante do gênero "homo", acredito na sociedade alternativa, nos sinônimos do heterossexualismo, acredito na sociedade criacionista brasileira, na libertinagem do homossexualismo, no poder da literatura, da independência moral e intelectual da mulher e nas sábias palavras de Charles Bukowski. Construirei uma nação, diante de artistas mórbidos. Nada será indiferente. Minha geração conhecerá o amor humano independente de sexualidade alguma. Seremos um só corpo e coração, as ruas serão habitadas por demônios e anjos, que por sua vez, constituirão um só Éden sem fruto proibido. O tempo pode não adequar-se no meu viver, mas amo a vida que tenho e quero vivê-la até o último segundo. Porém a consciência das ilusões, utopias e fórmulas usadas para nos transformar em zumbis muitas vezes torna minha existência uma operação sem anestesia. Uma ferida incurável. É tão difícil viver aqui embaixo enganado por essas simulações de felicidade, enganada pelo dia a dia, pelas pessoas que vagueiam em busca de coisas novas, hoje entendo porque a morte no oriente não é considerada algo tão ruim. Estar vivo talvez seja o verdadeiro motivo de luto. A fé fica gritando aos meus ouvidos "Por favor aceite o mistério" enquanto a razão não hesita em dizer numa voz firme dentro da minha cabeça: "Primeiro pense, depois exista"... Se ao menos eu tivesse certeza se o pior momento da minha vida já passou. Sou peça com defeito não reconhecida pela máquina perfeita
"Sofrimento: Tecido que envolve a vida."

Dor, angústia, tristeza e dor.
Já disse dor?
Desde a vida intra-uterina o bebê é capaz de desenvolver medo e insegurança através do sofrimento da mãe. Nem mesmo na proteção de nossa primeira morada estamos livres de sofrimento.
Nascer já é uma forma de sofrer.
Quando criança, sofremos com as primeiras experiências de solidão e abandono. Na realidade, somos seres finitos e possuímos limites.
Pecado original.
Somos vulneráveis ao tempo, ao envelhecimento e ao erro.
Dor!
Descobrimos o respeito e o medo a partir das realidades que são superiores a nós.

"Quem quiser amar deverá saber que não há amor sem sofrimento. Mas vale a pena experimentá-lo! Se não fosse o amor correríamos o risco de morrer sem conhecer os sonhos que estão adormecidos em nossas vidas. Se não fosse o amor, a intuição não teria nos revelado qual caminho seguir. E por fim, as estradas não revelariam jardins floridos em nossos corações."

A bondade não é uma bolha de proteção que tem o poder de livrar as pessoas das fatalidades da vida.
A bondade também planeja seus golpes.
O sol continuará a ser sol, não importa quanto tempo passe. O ar continuará a ser ar, não importa quanto tempo passe. O mundo continuará a ser mundo, não importa quanto tempo passe. Mas o sol só foi sol, o ar só foi ar e o mundo só foi mundo quando você me apareceu e me mostrou, juntamente com todas as maravilhas que o Universo pode proporcionar, o que é o amor. Algo que eu desconhecia e até mesmo temia. Tu me presenteou com o ensinamento do ato de amar, tu me deu uma dádiva, e tal, eu estranhava: Felicidade. Ser feliz, ser amado, ser completo. Ser completo pelo simples fato de te ter. E o sol, passa à ser sol, o ar passa à ser ar, e o mundo passa à ser mundo a partir desse momento, no dia 28 de Abril de 2010, tu fez minha vida ser vida, e eu ser alguém. E o faz até hoje, nos nossos cinquenta dias presos por almas que se apaixonaram e jamais se perderão não importa que corpo possuam. Eu poderia ser qualquer um, te perder por alguns dias, e te achar, sabendo que irei me apaixonar novamente. E me apaixono assim, todos os dias por você, um pouco mais de amor em cada manhã que acordo e agora, vejo seu rosto pousado ao lado do meu. Que lugar fantástico se tornou esse mundo, eu não poderia desejar viver outra vida. Qualquer vida sem a sua presença não é vida, é apenas uma existência vil, e insignificante. Vil e insignificante, na verdade, são características que me descreveriam perfeitamente sem o seu amor, sem você, sem o que você me proporciona. Cinquenta dias, e eu ainda estou aqui; cinquenta dias, e nós ainda estamos aqui, juntos, mostrando à esse nosso mundo o quanto vale o amor, e que devemos, SIM, arriscar absolutamente tudo pelo mesmo, sacrificar pessoas e até mesmo nós. Fazer loucuras. É isso que o amor é. Amor, somos nós. E temos ao nosso lado, a eternidade, e muitas comemorações à fazer. Cinquenta dias! Eu e você, como deve ser, como nascemos para ser, como eu nasci para ser (seu). Meu homem, eu te amo. E como poderia dizer isso em vis palavras? Tão pequenas, tão irrelevantes, mas eu te amo. Simplório, mas eu te amo. Eu te amo, só mais um som, eu te amo. E eu te amo com todas as forças que possuo - e não possuo. Eu te amo com suas manias e seus defeitos. Eu te amo a cada dia um bocado mais. Eu te amei, ontem, eu te amei no 28 de Abril, eu amo hoje no 16 de Junho, e te amarei pelo resto de NOSSAS vidas. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Não é pra entender

Dias de uma boa amizade. Umas horas sem tua companhia. Algumas lágrimas, alguns pensamentos hipócritas. Nossa amizade. Não há detalhes. Ela é crua, e nua. Não há formas, ela é abstrata. Não se enxerga, só sente. Eu e você, e algo que nem nós sabemos o que é. Nossas almas. Nossas mãos. Meu sentimento imenso por ti. Teu sorriso e teus olhos. Uma amiga que eu nunca vou esquecer. Não adianta poemas e nem palavras bonitas. Nossa amizade é assim, sem rodeios, poucas falas.

O bastante para nos entendermos perfeitamente bem. E eu posso dizer, o quanto importante tu és.Muita gente beira a hipocrisia quando diz 'eu te amo' ou até mesmo no ódio. A amizade tornou-se algo banal, algo que as pessoas dão-se o luxo de, num coleguismo de uma semana dizer que são amigas longicuas não defini-se mais como companheirismo, com risadas mútuas, casos bem guardados, lutas, choros.

Nada mecanizado, nada esperado. Não se pode colocar os seus amigos num pedestal onde todos são heróis os amigos não são heróis, geralmente estão longe disso e aí que está a grande decepcao da maioria das pessoas: A perfeicao imaginar uma pessoa perfeita e se decepcionar com ela é constante mas não é culpa da mesma que voce o fez, e sim por voce mesmo supor que esse alguem nao tem defeitos e que vai estar ao seu lado até o ultimo suspiro da tua vida- Não há egoismo que suporte e nem vida que se leve com isso todos tem seus problemas, nem maiores nem menores que os teus; Apenas problemas e tu tens de respeitar, absolutamente e tu tens de saber que todos estamos suscetiveis a tristezas e choros, e que uma pessoa bem humorada todos os dias, todas as semanas é irritante, mas que o contrario é proporcionalmente chato.

Todos tem altos e baixos e até aquele que, na sua concepcao, é o amigo mais perfeito do mundo pode não estar ao seu lado naquela hora que tu mais precisou, mas tu vais estar lá tempo depois que ele precisar.E assim será, doando e recebendo e de ti {...}, eu recebo o tempo todo,amor, carinho, alegrias, risadas, ajuda e sinceridade confio de costas para o mundo e sei que à frente tu vais esta sempre. Eu espero estar aqui o tempo que tu precisares. Porque não hipocritamente falando, eu te amo.