Quantas vezes me sento aqui, em frente a uma pagina em branco. Às vezes esta página conhece algumas palavras, linhas até, mas acaba sempre em branco, um branco que me fere a alma.
Há em mim uma necessidade profunda de dizer coisas, coisas essas que escavam crateras na minha mente em busca de uma fresquidão difícil de alcançar. Chego a sentir-me muda isenta de voz, pela quantidade de idéias, sentimentos, sonhos que me passam pela mente, mas que devido ao nó que se forma na minha garganta não conseguem sair.
E não que não tenha vontade de dizê-las, gritar, declamar (...) Mas a mente é complexa, tão complexa que chegamos a tropeçar nela. Magoamos assim quem mais amamos, e, sobretudo abrimos feridas em nós mesmos que dificilmente saram. Entramos num mundo de sanidade ausente, que nos consome as forças e vida.
Tudo isto por razoes que nem sempre valem a pena, mas que não conseguimos apagar muito menos ignorar!Mas hoje estou contente. Consegui, embora entre linhas, abrir uma caixa que tende a fechar-se e pelos menos a aragem levou um pouco de pó.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
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