De repente, como por um instante, todas as suas perguntas foram respondidas, ou quase. Ela percebeu que passara a vida deixando a responsabilidade de ser feliz nas mãos dos outros e que, por isso, sempre apareciam motivos para não acontecer o que realmente desejava.
Resolveu tomar o controle da sua vida, e mesmo que ainda não pagasse suas contas ou não tivesse uma casa própria nem um carro, somente em ser capaz de achar a sua própria alegria já o fez a mulher ( ou a garota ) mais feliz do mundo.
Há pessoas que passam a vida e nunca descobrem o que as fazem felizes, de verdade, e ela descobriu: Na verdade, não eram grandes coisas, mas singulares o bastante para fazer alguma diferença diante de dias tão longos e chatos, coisas como um abraço verdadeiro de um amigo, escutar uma música favorita sem querer, receber um ‘ oi ‘ de um estranho, um dia nublado, um copo gelado de coca – cola num dia quente, ler aquela agenda de 5 anos atrás...
Percebeu, também, que ter uma família no modelo clássico, ter um trabalho que gere inveja, falar sete línguas incluindo uma dita morta e receber um salário de incontáveis dígitos não faz ninguém feliz, ou pode até fazer, porém que venha para somar. Mas para ela, agora, o que importava não era procurar a felicidade que os outros falavam que existia ou que era importante, mas procurar a sua própria. Mesmo que fosse dançar sozinha no seu quarto aquela música dos anos 80 que todo mundo acha ridícula.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
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