É um erro supor que a Internet irá acabar com a correspondência tradicional. Ambas vão continuar coexistindo pacificamente. Apesar da praticidade, a Internet é virtual demais e com isso torna-se um tanto impessoal. Ela não tem aquele Algo mais que o contato com o papel proporciona, e nem transmite emoções tão bem quanto uma mensagem manuscrita. Aliás, as cartas redigidas de próprio punho, também permitem que conheçamos ainda melhor nosso correspondente. Através do estilo rococó de algumas caligrafias é fácil encontrar uma mente fantasiosa, bem como fica evidente a praticidade de quem escreve em letra de forma ou a rapidez de raciocínio de quem possui uma maneira ágil e esvoaçante de redigir. As mensagens que vêm pelo correio também podem estar "aditivadas" com anexos que alguém achou interessante e resolveu compartilhar: cartões postais, fotografias, livros, CDs, sementes, pétalas de rosas, tudo é válido para incrementar ainda mais uma conversação. Por todos estes fatores prefiro a correspondência tradicional aos E-mails. Inclusive, ela me faz lembrar daqueles filmes de época, em que as cartas eram lacradas com sangue e com o brasão da família, e depois entregues a um mensageiro que corria mil perigos antes de chegar ao seu destino. É muito mais valioso receber uma carta assim, você não acha?
Se pensarmos um pouco, veremos que sempre há motivos que justifiquem o envio de uma carta. Poderemos, por exemplo, propagar as diabruras que nossos sobrinhos têm feito, ou as estripulias dos cães no quintal. Poderemos também discorrer sobre a paz mundial e assuntos ecologicamente corretos. A correspondência nos possibilita tratar dos mais diferentes temas, os quais fluem naturalmente, sem a necessidade de um esforço maior. O único cuidado que devemos ter é de sempre escrever com o coração: em cada mensagem, derramar o que há de melhor em nós.
Também sei que nossas ocupações diárias não nos deixam muito tempo livre para escrever cartas.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário