Os dias estão sendo como reprises de programas da televisão. Fui dormir na sexta e acordei na segunda, assim, rápido como em um passe de mágica fajuta.
Sabe, eu cansei de tentar parecer fragilizada. Tentando sofrer os problemas que nunca chegaram a incomodar, porque eles nunca conseguiram existir.
Tudo é perfeito, exatamente como alguém da minha idade quer viver a vida. Férias, sem nenhuma obrigação de real importância, só respirar para continuar vivo.
Alguns dizem que está tudo uma chatice, e realmente não posso discordar. Mas não concordo. Nada está acontecendo do jeito que eu quero, pelo menos esses últimos meses estão sendo uma grande confusão. Perdi o controle que geralmente eu teria receio de estar sem. Mas esse não é o foco.
As pessoas sempre tentaram me afetar, mas eu me assegurei de me afastar nos momentos em que algo daria errado. E sempre acabou bem. Eu me afasto, a outra pessoa se afasta. E nada muda, mas nada fica como antes, as feridas cicatrizam e todo mundo volta a sorrir sem se preocupar em deixar alguém triste por uma falsa promessa vazia que nunca se concretizará.
Tive amizades, mas eu sempre tentei gostar de alguém com um propósito: passar o tempo. Não quero amizades duradouras, não quero amar alguém aqui porque sei que vou dar um jeito de me transformar no contrário do que era, afastando qualquer um. Eu nunca me importei com o que alguém realmente sentiu por mim, no fim das contas as pessoas que ficaram próximas também não pareceram se importar. Lágrimas, gritos, brigas e coisas assim são tudo um pedaço da grande peça de teatro que estamos atuando.
E sabe? Eu finalmente me rendi. Cansei de me cansar, né.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
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