No Pão de Açucar eu estava com meu carrinho, comprando ítens que obedeciam uma lista pré-fornecida pelos meus HOUSEMATES. Fila do pão. Pão é uma das EFEMÉRIDES da FELICIDADE SUPREMA. Não existe gol, surpresa, orgasmo... não existe nada que supere um PÃO SAINDO DO FORNO. Estava lá, abraçado no saco de pães quando toca meu telefone. "Feliz Aniversário". Agradeci. Aí denovo. "Feliz Aniversário". Agradeci. Em um intervalo de 3 minutos, fui contactado por pessoas que eu quero muito bem e que me fazem muito feliz.
E eu estava com um saco de pães fresquinhos e absurdamente quentes, audivelmente implorando por um belo naco de requeijão cremoso ou presunto. Eu sei que é por causa do Orkut que as pessoas se lembram, mas mesmo assim, nada se compara a esses momentos em que o PRESIDENTE DO UNIVERSO parece estar dando uma ajudinha pra gente. Quando ele olha pra gente fala: "bah, esse guria precisa de uma ajudinha". Aí ele põe um solzinho do lado de fora da janela, um cachorro engraçado mijando numa árvore, um lindo mocinho sorridente servindo um capuccino numa cafeteria.
"Hoje é teu aniversário" - disse o presidente - "vou te dar aquela ajudinha hoje porque tu mereces". Me fez lembrar da infinidade de pessoas queridas que eu tive a felicidade de trombar. Do alto dos meus VINTESETE anos, sento num confortável sofá de NAPA e relaxo. Pego o controle. Rebobino e avanço. Procuro. Procuro, dentre todos os rolos e rolos de filme 35mm, as cenas que eu gostaria de condensar num videozinho de 3 minutos. Recortar, selecionar e editar esse vídeo é um trabalho hercúleo, mas infinitamente prazeiroso. É o tempo que tu demoras pra ler esse textinho psicografado notívago e sem revisão. É o tempo que eu demorei pra perceber que tenho motivos muito fortes pra recolher minhas pálpebras e encostar um pouco de luz nos meus olhos, todo dia de manhã.
E foi no Pão de Açucar que eu pensei em tudo isso, enquando um lindo moço (valeu, presidente) fatiava 500g de presunto pra mim. Levei meu indicador até meus lábios e fiquei pensando, de forma que os corredores sorrateiramente sumiram e eu já estava dentro de uma claustrofóbica sala de edição, escolhendo os momentos que eu gostaria de nunca esquecer. "Guarda esse" - pensei. A câmera me pagava de longe, como se fosse uma câmera de vigilância de um supermercado. Era um supermercado. E eu estava sorrindo, guardando em meus olhos as mesmas dúvidas de sempre, os mesmos problemas e novas soluções.
E eu estava sorrindo sozinha, como se tivesse me lembrado de alguma piada. Mas não era por isso. Era o cheiro de pão recém-saído do forno. Era eu como protegé do PRESIDENTE DO UNIVERSO. Valeu aí, tio.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
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