Aquela corrente vindo arrastada, seu murmurio rouca e antiga. A cada um de seus passos me fazem apertar mais e mais o rosto contra o travesseiro. Eu a sinto andando, eu ouço, eu vejo. Tudo é absolutamente real em todos os aspectos que distinguir a realidade da imaginação exigem, da fictícia infantilidade mental.
Sempre e cada vez. Infalivelmente, sempre que estou sozinha. Antes sem nome, antes sem rosto, antes sem vida. Hoje alguém, o que? Quem precisamente?Não consigo dizer. Então eu levanto e seguro a porta, com toda a força que posso segurar, ela treme.
Estou chorando, fragilizada, talvez sem meus remédios eu fosse mais forte contra ele que grita do outro lado e sua voz rouca berra meu nome.Eu estarei do outro lado desta porta sempre. Deixe-me entrar então de uma vez.
Se um dia eu deixa-la entrar? Se algum dia chorar e gritar não fizer ela ir embora, de algum modo eu sinto que ela se satisfaz com esse choro. E satisfeito rastejante e calmamente se afasta da porta. Então se algum dia ela não contentar-se com choros. Se alguns dia ela decidir que VAI me alcançar?Sim para a maioria nada disso importa, e perambulando pelos becos das minha duplicidade eu percebo que minhas saídas são as mesmas sempre. E ser considerada digna de pena apenas por existir em tal condição são de comum acordo entre os que me amam. Mas eu não escolhi ser quem sou, e não decidi alimentá-la. Apenas me irrita cada vez que fico sozinha e corro para o quarto, então não consigo abrir a porta e sempre ouço aquela voz chorando e berrando para que eu vá embora. Aquela desesperada voz, que segura a porta e implora pelo silêncio.
Eu estarei do outro lado da porta para sempre. Deixe me entrar então de uma vez.Esta criança chorona que me atormenta. Tão absolutamente real em todos os aspectos que distinguir a realidade da imaginação.(Descrição pobre em detalhes. Um rascunho por assim dizer, dos meus reais medos., os que me conhecem vão entende-lo melhor)
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
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