As pessoas crescem e mudam. E com o tempo, passam a não acreditar no amor eterno, deixam de lado a ida ao cinema com as amigas e fazem do previsível, sua realidade. E talvez, por estarmos acomodados nunca pudemos notar o quanto estas coisinhas, não muito valorizadas, nos fazem mais feliz. Não por completo, mas nos trazem uma alegria momentânea, que, de tão esplêndida optamos por não retocar, remexer, e guardar bem no fundo, bem no vazio de nossas mentes. E lá eles ficam aprisionados, e acabam sendo esquecidos.
Não que o mundo seja perfeito, nem que as pessoas devam ser generosas a todo o instante. Mas, no egoísmo das palavras, no nosso “bem estar”, poderíamos trazer lembranças à tona, e simplesmente relembrá-las.
E aos poucos, perdemos a capacidade de responder com sinceridade, de mentir nas horas certas e de utilizar nossas palavras para aquilo que realmente é necessário. Mas ao tentarmos nos impor de melhor forma, acabamos por desvario na incerteza da qualidade, e nada mais há entre o espaço da realidade e do mito. E por esquecermos da essência, acabamos virando seres incompletos, fúteis e orgulhosos. É de sonhos que somos feitos, e não é mais uma frase clichê bem encaixada, ou não, em um texto. Quando crianças, queremos crescer, e por este sonho realizamos nossos maiores passos para o futuro, ao nos vermos em situação de desespero, sonhamos com salvação. Porém, o sonho se tornou apenas, lucro.
Então de repente, nos infiltramos no desconhecido, que há pouco tempo atrás apenas observávamos, e a ânsia de saber o resultado final da penetração pelas entranhas do impossível, nos abafa, e ao notarmos tal abafo, nos desesperamos e corremos a tentar impressionar, causar, envaidecendo assim nosso ego.
Mas nem sempre a resposta é positiva, talvez até seja, mas sempre haverá algo ou alguém que não se encaixa, que não é agradado, que tem opinião tão formada sobre uma chegada repentina, fazendo com que o mesmo crie a imagem verdadeira do fracasso que foi o estranho ao entranhar-se no feto.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário