terça-feira, 15 de dezembro de 2009

E hoje sou um vazio. Não encontro nada além de papéis e ruínas dentro de mim, só o vazio, puro simples e abstrato. Aquele mesmo vazio que você sente quando está faminto ou quando alguém vai embora. Mas a fome passa, os amores se substituem e o vazio não some..
Ah, que atordoante que é. Não me deixa dormir, não passa quando fecho meus olhos buscando conforto, ele sempre está ali, nos sonhos ou nas ruas, nas lágrimas ou na fúria.
E onde se cura todo esse mal? Me sinto vazia com o outono..E ainda estamos na primavera!
E que dor que causa, não por ser sofrimento, justamente por ser nada. E eu que tanto queria um vento frio no rosto, uma música na velocidade do tempo que voa, vidas, tempos..
E eu que não me encontro mais imaginando mil histórias por entre melodias ressonantes, por entre narrativas ensaiadas..
E eu que não sonho mais com nada, não corro mais com medo, não vivo nada além da vida.
E eu que era alguém e agora nem sei mais quem sou..

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