terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Tenho pensado, muito. Fritado meus neurônios pra um tal de coração-haniball comer, assim, ao curry, sem dó, nem piedade.
Venho vendo as coisas como elas são, e se meus atos refletem ou refratam meu estado de espiríto atual.
Sim, eu sei, tudo isso é meio óbvio, clichê, demodê. Ou qualquer outra palavra derivada do francês que a gente tem que ficar fazendo aqueles biquinhos nada sexies pra pronunciar.
A verdade é que sinto saudades de mim, não da garota esquisita que em toda antítese mais profunda é uma vegetariana fascinada pelo comportamento de j-rockeins. Não da Alexandra Portela, nerd, dramática, que procura o significado de toda a vida dentro de um só sorriso.
Não, essa garota morreu, apodreceu, trocou de pele, pra ser sincera.Pra ser sincera, eu sinto mesmo a falta do meu mais profundo eu. O singular que nenhum, menos um, de vocês conhecem.
E isso, meus caros, de fato, não faz mínima diferença.


Pensei pra parar.

Feche os olhos agora e imagine uma pessoa.







Talvez fosse melhor a frase acabar ali, seria, sem dúvida, um terrorismo poético notável, pensar em alguém tão humano quanto você, carne, osso, sangue... O que essa pessoa tem de diferente das outras? Por que ela? Por que logo ela? A alma? Oras, pare de ser tão babaca!
Você.
É parte essencial no que te revela o outro, você.
Sujeito deslocado da oração, visto com lentes convergentes em meio a raios que distam 147 milhões de quilômetros do seus pés.
É seu reflexo na pupila do outro pedaço de matéria carbônica convalescente que faz essas descargas de adrenalinas serem como elas são.
O individualismo, o hedonismo, o prazer do espelho.
(Que você cresça, porque eu quero crescer também)


Em 2010, inove. Sem trocadilhos bestas.
Esbalde-se, é verão. O que vai contar pros seus netos?

E te desejo, também, um dia lindo de morrer!


Sem nexo, porém com carinho, da Alexandra.

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