quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

compasso.

Só sei que estou zangada se me deixar zangar e se o meu estado se reflectir.

Simples.
Lógico.
Mas inconsciente.

Esquecido. Engolidos pelo ritmo alucinante do quotidiano, esquecemo-nos de sorrir, beijar, tocar, retribuir, AMAR.
Falamos, movemos-nos, muitas vezes gélidos, dentro de uma carapaça.
Que afinal, ao primeiro embate se estilhaça como a mais fina porcelana.
Eu adoro escrever, consigo transmitir aquilo que sinto realmente. No entanto, a palavra escrita, é muitas vezes castradora.
Nem sempre consegue espelhar o que sentimos, não tem cheiro, nem tacto. É vazia de movimento.
Eu estou cansada de lutar por pessoas que não dão valor às coisas que têm.
Que simplesmente não sabem dar valor a um momento de felicidade.
Que simplesmente querem tudo resolvido de um momento para o outro.
Que simplesmente pretendem que a vida seja para se viver durante uma eternidade e não
durante o dia e amanhã será um novo dia.
Estou triste, hoje estou simplesmente triste.
Triste por no fundo não conhecer ninguém. Não conheço.
Pensava que te conhecia, pensava que te lia.
Nunca tive amigas daquelas sempre disponíveis, este momento fez-me relembrar o porquê dessa situação:
-Eu não cobro aquilo que dou.. Eu dou aquilo que tenho.
Só espero que saibas que por mais que eu chore, ainda que por algo que não fiz, tu serás sempre mais triste que eu, pois nunca terás a realização de conseguires viver um momento de felicidade por mais único que ele seja…
Desejo-te todo o bem do mundo pois adoro-te.
Talvez um dia possas ver o que fizeste…Talvez “um dia” já seja tarde de mais.
Hoje, estou fora de compasso...

Nenhum comentário:

Postar um comentário