Entrou em minha vida como uma bala perfura um coração: Inesperado e intensamente. Perdi o ar, só de te ver, sentia meu corpo procurar o seu, respirar do teu ar e sentir seu toque.
Plim.
Pensei, estremeci. A idéia de ser correspondida, mesmo que seja apenas em uma conversa, por uma criatura tão cativante, me fazia levitar. E só então tive coragem de contigo falar. Tua voz soava mais bela do que sequer eu podia supor. Rias com a graciosidade de uma menina, mas teus olhos me olhavam com um interesse de mulher. Novamente, estremeci.
Plim.
Ouvir tua voz pela manhã, ao acordar, por vezes me fazia acreditar que ainda sonhava. Mas você realmente estava lá, e isso era mais do que eu jamais pude sonhar, mais do que minha imaginação escassa poderia conceber. Eras, de fato, uma criatura divina.
Plim.
Teu corpo - Ah! - perfeito, como uma pintura, perfeita! Nua, andava com elegância pela casa, preparando seu café. Me conquistava a cada passo, a cada movimento de sua mão, mesmo quando derramava leite pela mesa, tudo me encantava.
Plim.
Quando estavas longe, tu era tudo em que minha mente se ocupava, perdia o sono e a hora lembrando de algo banal como um simples olá. E quando estava por perto, já não pensava em nada. Minha mente esvaziava-se para que você preenche-se a com tuas palavras carinhosas, teus gestos amorosos e todo o teu amor.
Plim.
Eras a única que podia me entender, e isso era recíproco. Sempre tão complicada, mas a complexidade te dava um ar enigmático que me atraia, e entendíamos um ao outro num mero olhar ou um breve sorriso. Me completavas no sentido mais romântico e verdadeiro da palavra.
Plim.
As portas se abriam e o trem parava, para que você pudesse saltar. Nunca mais a vi de novo. Um amor de uma vida inteira em apenas trinta minutos.
quarta-feira, 10 de março de 2010
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