quinta-feira, 20 de maio de 2010

De algumas coisas eu tenho medo.

Coisas que eu não temia, das quais hoje fujo. Algumas coisas para mim faziam todo o sentido do mundo, mas hoje são borrões de tinta em um papel-toalha de alta absorção. São desenhos abstratos e sem significado algum. Aí eu faço um pose bem blasé e levo polegar e indicador ao queixo. Penso. Procuro um significado. Não há.

É o passado. São as memórias, as crises e todos esses processos que para nada mais servem, a não ser para catalisarem, acelerarem essas evoluções DIGIMÔNICAS.

Hoje me encontro no estágio 3, eu acho. Do alto de meus quase-28 anos, uma caricatura daquilo que eu sonho ser. Uma segunda linha, mais barata, de um amontoado de sonhos que dinheiro nenhum compra. Poético, diriam uns. Poético é o caralho, digo eu. Não tem metáfora aqui. Não gosto de metáforas, mais. Sendo as relações interpessoais tão complicadas como já são, pra quê piorar as coisas, colocar mais ruído na mensagem? O que eu mais quero, e tenho feito tudo para que essa QUERÊNCIA aconteça é ser compreendida, sem precisar dizer. Sem correr o risco de sujar minha mensagem com as malditas metáforas. As analogias distantes que fingimos entender, sorrindo.

Se eu sair do seu lado e caminhar para um canto de onde eu possa observar tudo, não se preocupe. Não aconteceu nada. Não comigo. Aconteceu com tudo ao meu redor.

Desse canto escuro, te observo, estudando a língua dos olhos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário