quarta-feira, 16 de junho de 2010

O tempo é impiedoso com tudo o que é vivo. Comigo e contigo! Pois o tempo ao mesmo tempo é cômico. Inúmeras vezes, com o passar do tempo, conheci pessoas que mostraram-me diferentes ideações, mas infelizmente, nunca conseguiram acompanhar o meu modo de pensar. Sinto que vivo em um tempo que não é meu. Não pertenço a essa década, a essa sociedade e muito menos a essa história. Não sou o protagonista dessa geração! Pertenço a uma futura sociedade de eternos adolescentes irreverentes e ousados. Mesmo porque a minha geração talvez não existirá. Essa é a percepção que tenho, nesta fase de minha vida não anseio mais por uma vida de sensações ou emoções, mas por uma vida de pensamentos e reflexões. Acredito na imortalidade da alma e no poder da expressão. Acredito no primeiro representante do gênero "homo", acredito na sociedade alternativa, nos sinônimos do heterossexualismo, acredito na sociedade criacionista brasileira, na libertinagem do homossexualismo, no poder da literatura, da independência moral e intelectual da mulher e nas sábias palavras de Charles Bukowski. Construirei uma nação, diante de artistas mórbidos. Nada será indiferente. Minha geração conhecerá o amor humano independente de sexualidade alguma. Seremos um só corpo e coração, as ruas serão habitadas por demônios e anjos, que por sua vez, constituirão um só Éden sem fruto proibido. O tempo pode não adequar-se no meu viver, mas amo a vida que tenho e quero vivê-la até o último segundo. Porém a consciência das ilusões, utopias e fórmulas usadas para nos transformar em zumbis muitas vezes torna minha existência uma operação sem anestesia. Uma ferida incurável. É tão difícil viver aqui embaixo enganado por essas simulações de felicidade, enganada pelo dia a dia, pelas pessoas que vagueiam em busca de coisas novas, hoje entendo porque a morte no oriente não é considerada algo tão ruim. Estar vivo talvez seja o verdadeiro motivo de luto. A fé fica gritando aos meus ouvidos "Por favor aceite o mistério" enquanto a razão não hesita em dizer numa voz firme dentro da minha cabeça: "Primeiro pense, depois exista"... Se ao menos eu tivesse certeza se o pior momento da minha vida já passou. Sou peça com defeito não reconhecida pela máquina perfeita

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