segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Só queria que você notasse isso, idiota.

A casa está cheia, malditas visitas. Crianças choram e correm de um lado para o outro e eu sinto esse aperto, essa ardência sufocante na garganta. Essa bendita vontade de chorar. Bendita sim, até a dor que me você provoca tem um quê de bondade. E vem aquela vontade avassaladora de sumir, de não existir, só pra te provocar alguma reação, algum remorso ou até mesmo algum jubilo, apenas para ter certeza que você vive, reage, renasce para mim. Tenho que olhar para os lados e responder com sorrisos hipócritas, abafar minha dor, me esconder, isso me mata, mas não me fere com a mesma agressividade que a sua indiferença.

Não choro por coisas sérias, amor, mas juro pela minha mãe que no primeiro momento que estiver sozinha vou deixar escapar essas lágrimas que retenho agora, e só de escrever isso minha visão fica turva, meus olhos se afogam, se não fosse a raiva que sinto juro que choraria agora mesmo, na frente de todos esses desconhecidos que se dizem ser minha família.
Como posso ignorar todos e querer só você? O que diabos é isso? O que eu fiz comigo? Ou o que você fez?
Alguém pelo amor de Deus, tira essa dor de mim.

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