Sinto a fraqueza se esvaindo por todo meu corpo em cada fio de cabelo até a ponta dos meus pés. Estou triste e não é nada belo. Odeio esse sol que bate na janela do meu quarto, a paisagem é feia e o calor me faz mal, mesmo assim eu não consigo tirar minha blusa de frio. Talvez eu só queira me sentir abraçada.
Eu quero um amor e espero de verdade. Traquilo e com sabor de fruta mordida mais uma vez. Que me circule, se perdendo em rotações e translações em volta do meu ser. Enxergue o nós e perceba que ele esteve sempre ali, desde os tempos mais remotos da humanidade. Desejo ser feliz e cantar. Que não precise bater em minha porta, arrombe-a, faça escândalo, me ligue as três da manhã só pra dizer que não pode esperar pra nos encontrarmos mais uma vez. Aspiro alguém que faça sentir fogos de artifício dentro de todo o meu ser. E enxergue minha loucura como parte essêncial. Não quero ter que pensar no que dizer, é como chegar em casa e encontrar o tédio esperando no sofá, e então sair e vagar pelas ruas pobres, como um zumbi.
Quero que essa pessoa respire com a minha presença e não precise de tempo nenhum pra perceber, apenas que nossos relógios batam uníssono. Desejo visitar lugares proibidos e nunca me importar se tem alguém olhando. Eu darei as quatro luas apenas por diversão, cobriria elas do verde mais singelo pra combinar com o azul da liberdade que se pinta no céu daquela praça às 6:37 da tarde. Se isso tudo é romântico demais e dá nojo, pincelarei uns toques de realismo junto com a sua geléia com torradas de manhã.
Afinal não preciso de ninguém que abra a mão de nada por mim, ao invés disso que entrelace nossos dedos e aperte bem forte, para que eu possa me sentir segura apesar de todo o medo.
Quem já foi intenso uma vez na vida sabe que eu não estou sonhando, apenas flutuando, leve, leve, leve como uma pluma.
As lágrimas secaram e a campainha do telefone parece buzina de carro nos meus ouvidos.
Vou embora novamente sem terminar o que comecei.
E eu vou tratá-la bem pra que ela não tenha medo quando começar a conhecer os meus segredos.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
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